Originalmente postado em janeiro de 2018 / Atualizado em fevereiro de 2023

O Que É a Dieta Paleolítica?

A dieta paleolítica, também chamada de dieta paleo ou do homem das cavernas, tem como base o que seus proponentes alegam ser os alimentos disponíveis aos humanos pré-históricos na Idade da Pedra Lascada, ou Paleolítico (aproximadamente de 2,5 milhões de anos atrás até o ano 10.000 a.C.). 

Há muita discussão quanto à alimentação humana naquela época, uma vez que as pessoas tinham dificuldade para encontrar alimentos. Além disso, as versões modernas de quase todos os alimentos são muito diferentes de como eram na Idade da Pedra. 

Até os alimentos comuns mudaram drasticamente com o passar do tempo devido ao cultivo de híbridos e à reprodução seletiva. E também houve o desenvolvimento de muitos alimentos ultraprocessados nos últimos 100 anos.

Como Seguir a Dieta Paleolítica

A base da dieta paleolítica dá ênfase a proteínas magras, como os cortes magros de carne vermelha, aves, carne suína, peixes selvagens e frutos do mar. Esses alimentos devem fornecer cerca de metade das calorias diárias. A dieta também focaliza em ovos, miúdos e vísceras, quantidades moderadas de frutas e vegetais não amiláceos, além de gorduras saudáveis de sementes, castanhas, azeite de oliva e abacate.

Alimentos a Evitar na Dieta Paleolítica

Os alimentos a evitar são todos os produtos à base de leite, grãos e produtos à base de grãos, feijão, legumes, óleos vegetais, óleos ricos em ácidos graxos ômega-6 (de milho, soja, cártamo, girassol etc.) e sais iodados. 

Adoçantes naturais como xarope de bordo e mel são permitidos, ao passo que outros adoçantes são proibidos.

Benefícios da Dieta Paleolítica à Saúde

Estudos clínicos sobre a dieta paleolítica têm se concentrado na promoção da perda de peso, melhora do controle da glicemia e diminuição dos níveis de colesterol.

Por ter baixo teor de carboidratos, ela é semelhante à dieta cetogênica, também conhecida como dieta keto. Clique aqui para saber mais sobre a dieta cetogênica. Como tal, a perda de peso inicial pode ser significativa devido à perda de peso de água. Em geral, as pessoas perdem de 4 a 6% do peso corporal total em um período de 10 a 12 semanas. 

Há apenas poucos estudos de longo prazo sobre a dieta paleolítica. Um motivo para isso pode ser o fato de essa dieta ser difícil de seguir em longo prazo por ser muito restritiva. A dieta paleolítica pode causar algumas deficiências nutricionais; em especial, trata-se de uma dieta com baixo teor de cálcio.

Referências:

  1. Eaton SB, Konner MJ, Cordain L. Diet-dependent acid load, paleolithic nutrition, and evolutionary health promotion. Am J Clin Nutr. 2010;91:295–7. 
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  3. Lindeberg S, Jönsson T, Granfeldt Y, et al. Palaeolithic diet improves glucose tolerance more than a mediterranean-like diet in individuals with ischaemic heart disease. Diabetologia. 2007;50:1795–807.
  4. Jönsson T, Granfeldt Y, Ahrén B, et al. Beneficial effects of a paleolithic diet on cardiovascular risk factors in type 2 diabetes: a randomized cross-over pilot study. Cardiovasc Diabetol. 2009;8:35–48. 
  5. Manheimer EW, Van Zuuren EJ, Fedorowicz Z, Pijl H. Paleolithic nutrition for metabolic syndrome: systematic review and meta-analysis. Am J Clin Nutr. (2015) 102:922–32. 
  6. Osterdahl M, Kocturk T, Koochek A, Wandell PE. Effects of a short-term intervention with a paleolithic diet in healthy volunteers. Eur J Clin Nutr. (2008) 62:682–5.